Mais uma sugestão de quem anda pela cidade todos os dias e desta feita com as honras da casa, o eléctrico.
Sabia que...
Ainda o trânsito na cidade circulava pela esquerda quando a carreira 18 de eléctricos - agora designada de 18E - foi inaugurada. Decorria o ano de 1927 quando esta carreira passou a fazer parte da planta da rede de eléctricos, mas rapidamente se tornou numa das grandes carreiras, ligando então a Ajuda ao centro da cidade com o seu terminal no Rossio. Nos anos seguintes a procura "obrigou" a Carris a realizar desdobramentos desta carreira. Em 1950 a carreira deixa o Rossio e passa a terminar na Praça do Comércio. Actualmente termina na R. Alfândega e a procura é maior apenas nas horas de ponta. Ainda assim a população da Ajuda não quer perder o seu eléctrico e prova disso foi a grande manifestação e assinaturas que recolheram quando em 2000 a Carris anunciava a decisão de suspender esta carreira.
A cidade através da carreira...
Sabia que...
Ainda o trânsito na cidade circulava pela esquerda quando a carreira 18 de eléctricos - agora designada de 18E - foi inaugurada. Decorria o ano de 1927 quando esta carreira passou a fazer parte da planta da rede de eléctricos, mas rapidamente se tornou numa das grandes carreiras, ligando então a Ajuda ao centro da cidade com o seu terminal no Rossio. Nos anos seguintes a procura "obrigou" a Carris a realizar desdobramentos desta carreira. Em 1950 a carreira deixa o Rossio e passa a terminar na Praça do Comércio. Actualmente termina na R. Alfândega e a procura é maior apenas nas horas de ponta. Ainda assim a população da Ajuda não quer perder o seu eléctrico e prova disso foi a grande manifestação e assinaturas que recolheram quando em 2000 a Carris anunciava a decisão de suspender esta carreira.
A cidade através da carreira...
O que seria da Ajuda sem o seu eléctrico? Seria um vazio na história de um bairro tão popular que ainda mantém nos dias de hoje as suas características rurais que contrastam com história que se pode presenciar através do Palácio Nacional da Ajuda, pela Torre do Galo ou até mesmo pela Igreja da Memória, local onde se deu a tentativa de assassínio de sua majestade, El-Rei D.José I.
Nele transportam-se diariamente centenas de pessoas, cruzam-se dezenas de profissões e trocam-se milhares de olhares. O 18E é uma grande ajuda para vencer a colina que lá no topo guarda uma riqueza inconfundível. A meio da subida o Instituto Superior de Agronomia aposta no conhecimento e na inovação desde as suas raízes remotas em 1852, com a criação do Instituto Agrícola e Escola Regional de Lisboa, no reinado de D. Maria II, durante a REGENERAÇÃO, dirigida por Fontes Pereira de Melo.
Do ISA faz parte o Jardim Botânico da Ajuda desde 1918, integrado como infra-estrutura de ensino e investigação. É sobre ele que recai esta sugestão de fim-de-semana. O jardim foi fundado em 1768, tendo sido projectado por um botânico italiano, Domingos Vandelli, vindo de Pádua e chamado pelo rei D. José para ensinar os seus príncipes. Apesar de Lisboa ter sido lugar de muitos hortos que albergaram as colecções de plantas vindas de África, Ásia e América, o JBA é o primeiro Jardim Botânico de Portugal desenhado com o fim de manter, estudar e coleccionar o máximo de espécies do mundo vegetal. Chegou a ter 5000 espécies dispostas segundo o sistema sexual proposto por Lineu, mestre de Vandelli.
Possui uma área de 3,5 ha, divididos por dois tabuleiros com um desnível de 6,8 m entre eles. A arquitectura do Jardim segue os modelos renascentistas em terraços talhados na encosta, tendo três elementos fundamentais, pedra esculpida, plantas e água em fontes e lagos. No entanto, os ornamentos existentes no jardim têm influências marcadamente barrocas (nomeadamente a fonte central e as escadarias (laterais e central). O jardim tem dois tipos de uso: no tabuleiro superior a colecção botânica e no tabuleiro inferior o jardim de passeio ornamental com buxo e traçado conforme as regras do jardim de recreio. Existe ainda, «o jardim dos aromas» com plantas aromáticas e medicinais, desenhado para invisuais e o arborinho.
Na sua área envolvente encontra-se o Palácio da Ajuda, o Jardim-Museu Agrícola Tropical, o Mosteiro do Jerónimos, o Centro Cultural de Belém e a Torre de Belém.
Sem dúvida um espaço onde pode aproveitar uma bela tarde de sol para ter um contacto mais profundo com a natureza. A entrada no Jardim custa 2 euros e as crianças até aos 7 anos têm entrada livre. A paragem do 18E fica mesmo à porta do jardim na Calçada da Ajuda e além do eléctrico tem também como alternativas, os autocarros 727 (no lado oposto), 729 e 732.
De portas abertas das 10h ás 17h, o jardim só não recebe visitas às quartas-feiras e encerra também nos dias 25 de Dezembro e 1 de Janeiro. Se ainda tiver tempo, ou se simplesmente não liga muito a estas temáticas de biologia, o melhor é prosseguir viagem no 18E até à paragem seguinte e aproveitar para se inteirar da história do Palácio Nacional da Ajuda.
Boas visitas e Boas viagens!
Fonte: «A minha página Carris»; livro «Lisboa, 125 anos sobre carris»; «jardimbotanicodajuda.com» e «isa.utl.pt»
3 comentários:
Boa noite, vi que deixou um comentário no Diário de Lisboa e vinha agradecer.Sou visitante regular do seu blog já há algum tempo e admiro o orgulho que tem na sua cidade e na sua profissão. Temos algo em comum pois o meu pai foi funcionário da Carris mais de 40 anos,começou ainda muito jovem a mudar agulhas no calvário e terminou como revisor, tendo inclusivamente conduzido eléctricos com o mesmo orgulho e dedicação que o Rafael.
No blog, se tiver paciência de procurar, ainda existem mais uma ou duas fotos onde a carris é protagonista.
Cumprimentos e uma vez mais obrigado..
O grande 18! Há cerca de dois anos eu era cliente diário ou quase diário do 18, amo aquelas viagens às 8 da manhã com a neblina e os bairros ainda a acordar, é excelente!
Há pouco tempo fui de propósito à Ajuda para apanhar o 18 para baixo. É tão bom e tão diferente dos outros.
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