quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Sugestão da Semana (10) - Á descoberta da cidade com o 701

Sabia que...

A carreira 701 veio substituir a até então carreira 1 que foi a carreira que inaugurou o serviço de autocarros a 9 de Abril de 1944, sendo uma das carreiras mais estáveis de sempre. Após os prolongamentos iniciais e a alteração de percurso, em 1960, devida ao prolongamento do Aeroporto, esta carreira manteve-se sem qualquer alteração durante perto de quarenta e cinco anos. Se inicialmente fazia a ligação dos Restauradores ao Aeroporto de Lisboa, já em 2006 quando foi extinta ligava Sete Rios à Charneca. A sua supressão deu então origem à actual carreira 701, fazendo actualmente a ligação entre Campo de Ourique e a Charneca nos dias úteis, sendo encurtada aos fins-de-semana e feriados, ao terminal do Campo Grande.

A cidade através da carreira...

E como se sabe, não há nada melhor que, desfrutar do que há para ver na cidade com recurso aos transportes públicos, deixando de parte os consumos do combustível, as dores de cabeça em procurar um lugar para estacionar ou as despesas com o parque de estacionamento. Tudo o que há para ver na cidade está disponível através de um título de transporte que pode ser previamente adquirido no suporte “7 Colinas” ou “Viva Viagem” por 1.05€ (pré-comprado) ou a bordo dos veículos que no caso da carreira 701 é um autocarro e tem um custo de 1.75€ (tarifa de bordo válida para a viagem em que é adquirida).

E depois de lhe ter sugerido um passeio por Monsanto, uma visita aos museus do Azulejo e da água, não esquecendo uma ida ao Jardim Zoológico ou ao Museu da Carris, entre outras mais (ver no menu do lado direito do blogue), desta feita sugiro-lhe que visite o Museu da Cidade. Um museu que foi criado com o objectivo de documentar e divulgar a história de Lisboa nas diferentes etapas da sua evolução urbanística, económica, política, social e das mentalidades.

A carreira 701 parte então de Campo de Ourique, onde tem ligações com outras carreiras da Carris, sejam autocarros ou eléctricos. Em 7 minutos está na zona de Campolide a “paredes meias” com o Centro Comercial das Amoreiras. Não se admire se depois lhe cheirar a frango no churrasco, porque em Campolide situa-se uma das melhores churrasqueiras da cidade – a Valenciana.

Daqui desce em direcção a Sete Rios, Laranjeiras e ainda antes de chegar ao Hospital de Santa Maria, cruza o Hospital Inglês, passando de seguida pela Quinta Barros. Rumando a Entrecampos pela Avenida das Forças Armadas, o 701 passa ainda pela Faculdade de Farmácia e pela Biblioteca Nacional, já em pleno Campo Grande. Chega então a paragem onde deverá descer para visitar o Museu que é a sugestão da semana do “Diário do Tripulante” – o Museu da Cidade.

Em seguida, o autocarro continua pela Alameda das Linhas Torres em direcção ao Lumiar onde mergulha na Ameixoeira, com vista a servir a então chamada Alta de Lisboa. A igreja da Charneca é o último monumento antes da chegada ao terminal que se localiza no Campo Amoreiras, às portas das Galinheiras.

O museu da Cidade

O museu da cidade apresenta actualmente um programa museológico que traça um percurso cronológico da evolução da cidade, desde a ocupação do território durante a pré-história até à Implantação da República em 1910.

Do seu espólio destaca-se a colecção de artefactos mais antigos da ocupação humana do local, datados de 300 000 a.C. a 100 000 a.C.; as primeiras representações da cidade de Lisboa; os projectos para a inovadora obra de construção do Aqueduto das Águas Livres; os da edificação da baixa pombalina, surgida na sequência do Terramoto de 1755; terminando com O Fado, da autoria de José Malhoa, obra incontornável da pintura do século XX.
 
Além da exposição permanente, o museu apresenta alguns eventos e exposições temporárias. A entrada tem um preço acessível e nem só o 701 é a alternativa para lá chegar. O importante é ter uma tarde descontraída e livre de preocupações. Deixe de lado as preocupações ao Plano estratégico dos transportes e aproveite enquanto há transporte para se deslocar numa cidade como Lisboa, que caminha a passos largos para uma mobilidade cada vez menos sustentável, ao contrário do que por aí se diz.

Metropolitano: Linha verde / estação Campo Grande
Autocarro: 7, 36, 47, 78, 96, 106, 108, 701, 738, 745, 750, 767, 777


Horário
Terça a Domingo das 10:00h às 13:00h e das 14:00h às 18:00h
Encerra 2ª feira e feriados
Bilhetes
Público em geral: 2,00€
Desconto 50%: Adultos com idade igual ou superior a 65 anos e desempregados, mediante apresentação de documento comprovativo; Grupos constituídos por, pelo menos, um adulto e uma criança (bilhete de família).
Entrada gratuita: Domingos, entre as 10h e as 13h (com excepção Pavilhão Preto - Exposição Frida Kahlo. As suas fotografias), dia Internacional dos Museus (18 de Maio); Grupos de alunos e respectivos acompanhantes, em visitas de estudo previamente agendadas com o serviço de Museus; portadores dos cartões: APOM, ICOM, LisboaCard.
Acesso a pessoas com mobilidade reduzida
Visitas temáticas
Organizadas para Jardins-de-infância, 1º, 2º, 3º ciclos, ensino secundário, pessoas portadoras de deficiência e seniores.
Serviço de Animação e Pedagogia – orientação de visitas, formação para professores e educadores, oficinas e textos de apoio.
Marcação prévia.
Tel.: 21 751 32 15
Visitas de Grupo
Com marcação prévia poderão ser agendadas visitas orientadas à exposição permanente.
Tel.: 21 751 32 00

Fonte: a minha página carris, de Luís Cruz Filipe /  museudacidade.pt

2 comentários:

BRUXA disse...

É de aproveitar, pelo menos enquanto estas carreiras ainda existem!

Jaime A. disse...

Muito úteis estes seus posts.
Parabéns!

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