É fim-de-semana e é também tempo de trazer até aqui mais uma "Sugestão do Tripulante", ainda a tempo de a inserir nos seus planos, quem sabe para este Domingo. Hoje a proposta recai sobre um Jardim desconhecido por muitos mas que ocupa a encosta do Museu do Traje e que fica numa zona rodeada de Palacetes - o Paço do Lumiar. Vamos então apanhar a carreira 3 rumo ao Parque do Monteiro-Mor...
Sabia que...
A carreira 3 de Autocarros circula pelas ruas de Lisboa desde 1944. Foi precisamente a 9 de Abril desse mesmo ano que a Carris inaugurava mais uma carreira na sua rede de autocarros. Inicialmente como circulação e com terminal nos Restauradores, a carreira viria três anos depois o seu percurso prolongado à Praça do Comércio. Em Fevereiro de 1986 uma continuada Greve do pessoal oficinal, obriga a suspensão desta carreira por falta de veículos e no mesmo ano acabaria mesmo por ser suspensa.
A carreira 3 de Autocarros circula pelas ruas de Lisboa desde 1944. Foi precisamente a 9 de Abril desse mesmo ano que a Carris inaugurava mais uma carreira na sua rede de autocarros. Inicialmente como circulação e com terminal nos Restauradores, a carreira viria três anos depois o seu percurso prolongado à Praça do Comércio. Em Fevereiro de 1986 uma continuada Greve do pessoal oficinal, obriga a suspensão desta carreira por falta de veículos e no mesmo ano acabaria mesmo por ser suspensa.
Mas o prolongamento da rede do Metropolitano a norte da cidade, levou dois anos mais tarde, a Carris a colocar de novo a carreira 3 em funcionamento, mas então, entre a Praça de Alvalade e o Largo da Luz. Ao longo dos anos foram feitos reajustamentos e actualmente a carreira 3 que está afecta à estação de recolha da Pontinha, tem um percurso compreendido entre o Bairro de Santa Cruz e a Charneca, passando pelo Parque do Monteiro-Mor que é onde recai a sugestão desta semana do «Diário do Tripulante».
A cidade através da carreira...
A zona de Benfica e do Lumiar nunca estiveram tão perto e a carreira 3 é das poucas que dá ao passageiro a possibilidade de observar ao longo do seu percurso bonitos palacetes escondidos entre ruas estreitas e igrejas que compõem a nobre zona do Paço do Lumiar. Uma das zonas mais antigas da cidade. Em tempos de festa a carreira 3 ainda nos leva à Feira da Luz, onde em tempos fazia terminal.
Serve agora o Bairro da Horta Nova e parte de Carnide e a bordo deste autocarro transportam-se vários estatutos sociais, sobretudo se tiver-mos em conta que depois do nobre e pacato Paço do Lumiar chegar-mos ao Lumiar onde a carreira partilha o seu percurso até à Charneca, com a carreira 701 pela Alta de Lisboa.
Mas a sugestão desta semana fica a meio do percurso. O Jardim Botânico do Parque do Monteiro-Mor, situa-se nos terrenos do Museu do Traje e do Museu do teatro. «Este parque foi iniciado no século XVIII. D. Pedro José de Noronha Albuquerque Moniz e Sousa, 3º Marquês de Angeja, quando, por herança, tomou posse do parque, projectou aqui instalar um museu para albergar as suas ricas colecções naturalistas, etnográficas e de arte, que como coleccionador havia recolhido e, tendo como seu complemento natural, um jardim botânico. O projecto do jardim foi entregue ao italiano Domenico Vandelli, autor do Real Jardim Botânico da Ajuda. Assim nasceu um parque à época considerado como um dos jardins mais belos de Lisboa, de que persiste ainda o Lago dos Leões, escadarias e nichos vários, mas que a morte de D. Pedro fez com que não fosse concluído», pode ler-se no guia lifecooler.
Mas segundo este mesmo guia, quando o Estado adquiriu a propriedade em 1976 para ali instalar o Museu do Traje e o do Teatro, «veio a encontrar o jardim totalmente abandonado. Desta época data então o nome do parque do Monteiro-Mor, sugerido por Natália Correia Guedes, como homenagem ao Monteiro-Mor que tinha habitado o Palácio do Monteiro-Mor. Alguns meses depois este foi recuperado, sob a responsabilidade de Luís Sousa Lara, procurando torná-lo auto-suficiente. Salvou-se então uma Araucária heterophyla (espécie rara), no caso, o primeiro exemplar plantado ao ar livre na Europa e que domina o parque. Reconstruiram-se os canteiros e o traçado dos caminhos, introduziram novas espécies, povoaram-se lagos e tanques com peixes, patos e cisnes, criaram-se viveiros para os pássaros, fizeram-se pontes e colocaram-se bancos. O objectivo foi o de recriar o jardim segundo a época dos seus antigos proprietários, iniciando um projecto de horto botânico, com culturas comestíveis e medicinais, a cargo da sua equipa de jardineiros. Actualmente é considerado um dos jardins mais bonitos e sossegados de Lisboa».
Não fique em casa, porque como vê há muitas razões para passar um fim-de-semana diferente do habitual com recurso aos autocarros e eléctricos da Carris que o levam até lugares por muitos desconhecidos.Mas nem só a carreira 3 serve este local. Fique então a conhecer outras alternativas e claro está, o horário de funcionamento do parque, do Museu do Traje e do Museu do Teatro:
Horário
Museu: Aberto de Terça a Domingo das 10h00 às 18h00
Biblioteca: Aberta de Terça a Sexta-Feira das 10h00 às 13h00 e das 14.30 às 17.30
Encerra à Segunda-feira, Domingo de Páscoa, 1º de Maio, 25 de Dezembro e 1 de Janeiro
Transportes
Metro: Lumiar
Autocarro: 1, 3, 7, 36, 106 e 108
Fonte: Lifecooler / A minha página Carris de Luís Cruz-Filipe / Museu do Traje
2 comentários:
então e não se passou nada na 18? :-), tens de praticar a venda de bilhetes, levas muito tempo lol.
marques
Mais prática do que vender bilhetes no eléctrico é impossível. Experimenta um dia ir la dar uma voltinha para veres o que é vender bilhetes!!!
Abraço
Rafael Santos
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