Quando me preparo para receber o primeiro prémio de condução defensiva (2.000 horas sem registo de acidentes), pasado 1 ano e 5 meses desde a minha entrada na Carris, eis que surge o primeiro incidente que para a empresa é considerado acidente.
Carreira 745, com destino ao Prior Velho. A manhã até estava a correr bem, apesar do calor que se fazia sentir no interior do B10M, numa manhã soalheira que já tinha transportado umas boas dezenas de turistas recém-chegados a Lisboa.
Perto das 11h00 mandam-me parar na paragem do Mercado da Encarnação. Uma senhora com os seus 77 anos entra e aguardo que se sente para evitar qulquer contra tempo. Já sentada no lado esquerdo do articulado e dois lugares atrás do meu lá ia ela até à próxima paragem, já na quinta do Morgado, mas quando faço a curva para entrar neste bairro, mais concretamente na Rua Vice-Almirante Augusto Castro Guedes, eis que o som de um trambolhão soa-me aos ouvidos.
Assustado encostei o autocarro e fui ver o que se havia passado, quando me deparo com a cliente que havia acabado de entrar. Não hesitei em perguntar, já depois de saber como estáva... «Porque é que a senhora se levantou?», ao que me responde: «Não me levantei! Ia sentada mas desiquilibrei-me com a curva».
Dadas as queixas apresentadas pela senhora, chamei o INEM e solicitei duas testemunhas, porque já sabia o que dali podeia vir.
De facto a um motorista de autocarro acontece um pouco de tudo e até na chamada ao INEM, há algo a contar, porque depois de solicitada a emergência e já passados 15 minutos recebo uma chamada do INEM a pedir identificação exacta do local. Como não via a placa indicativa do nome da rua, dei pontos de referência como: «Quinta do Morgado, junto ao mercado da Encarnação», e do outro lado dizem-me: «Mas isso não é sacavém!»
«Mas ninguém vos disse Sacavém. Aliás nem o podia dizer porque a carris não opera em Sacavém», disse eu. Lá se dizem esclarecidos, mas até aparecerem foi mais 10 minutos e pelo meio mais um contacto e desta feita com o CODU (Centro de Orientação de Duentes Urgentes) na linha, e logo me lembrei do que se havia passado há tempos em Alijó.
Explicada a situação, lá a ambulância localiza o local e diz que posso desligar. Entretanto no local chega a técnica da carris para tomar algumas notas.
Chega então a ambulância e logo após uma brigada de trânsito para que suprasse o balão. Estava montado o aparato em plena quinta do Morgado com curiosos por perto a tentarem saber o que havia acontecido.
Estreava-me assim com as burucracias de um acidente, do qual já pedi a descaracterização, esperado agora que as testemunhas respondam e que o mesmo seja descaracterizado. Quanto À senhora em questão, não teve nada de grave, apenas foi ao hospital tirar um RX. Do mal o menos...
É caso apra dizer que até sentadas caiem nos autocarros. Enfim mais um dia nesta carreira de motorista...
Carreira 745, com destino ao Prior Velho. A manhã até estava a correr bem, apesar do calor que se fazia sentir no interior do B10M, numa manhã soalheira que já tinha transportado umas boas dezenas de turistas recém-chegados a Lisboa.
Perto das 11h00 mandam-me parar na paragem do Mercado da Encarnação. Uma senhora com os seus 77 anos entra e aguardo que se sente para evitar qulquer contra tempo. Já sentada no lado esquerdo do articulado e dois lugares atrás do meu lá ia ela até à próxima paragem, já na quinta do Morgado, mas quando faço a curva para entrar neste bairro, mais concretamente na Rua Vice-Almirante Augusto Castro Guedes, eis que o som de um trambolhão soa-me aos ouvidos.
Assustado encostei o autocarro e fui ver o que se havia passado, quando me deparo com a cliente que havia acabado de entrar. Não hesitei em perguntar, já depois de saber como estáva... «Porque é que a senhora se levantou?», ao que me responde: «Não me levantei! Ia sentada mas desiquilibrei-me com a curva».
Dadas as queixas apresentadas pela senhora, chamei o INEM e solicitei duas testemunhas, porque já sabia o que dali podeia vir.
De facto a um motorista de autocarro acontece um pouco de tudo e até na chamada ao INEM, há algo a contar, porque depois de solicitada a emergência e já passados 15 minutos recebo uma chamada do INEM a pedir identificação exacta do local. Como não via a placa indicativa do nome da rua, dei pontos de referência como: «Quinta do Morgado, junto ao mercado da Encarnação», e do outro lado dizem-me: «Mas isso não é sacavém!»
«Mas ninguém vos disse Sacavém. Aliás nem o podia dizer porque a carris não opera em Sacavém», disse eu. Lá se dizem esclarecidos, mas até aparecerem foi mais 10 minutos e pelo meio mais um contacto e desta feita com o CODU (Centro de Orientação de Duentes Urgentes) na linha, e logo me lembrei do que se havia passado há tempos em Alijó.
Explicada a situação, lá a ambulância localiza o local e diz que posso desligar. Entretanto no local chega a técnica da carris para tomar algumas notas.
Chega então a ambulância e logo após uma brigada de trânsito para que suprasse o balão. Estava montado o aparato em plena quinta do Morgado com curiosos por perto a tentarem saber o que havia acontecido.
Estreava-me assim com as burucracias de um acidente, do qual já pedi a descaracterização, esperado agora que as testemunhas respondam e que o mesmo seja descaracterizado. Quanto À senhora em questão, não teve nada de grave, apenas foi ao hospital tirar um RX. Do mal o menos...
É caso apra dizer que até sentadas caiem nos autocarros. Enfim mais um dia nesta carreira de motorista...
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