Esta semana calhou-me exactamente o mesmo serviço da semana passada e o mais engraçado é que ali para os lados da Boa-Hora muitas das caras eram as mesmas da semana anterior, dando assim sinais de se praticar uma rotina semanal, em que as horas estão todas contadas e em que se apanha o mesmo autocarro para ir ao mercado e para regressar a casa.
Também é certo que muitas das caras já vou conhecendo até porque passo grande parte da semana na 742, mas apesar das pessoas serem quase sempre as mesmas, as histórias, essas variam. E hoje a Rosa ficou a saber mais qualquer coisa...
Perguntam vocês: Mas quem é a Rosa?... Pois isso não posso responder porque para mim não passa de uma passageira como tantas outras. E o nome sei porque mesmo que não quisesse saber, seria obrigado a ouvi-lo tal não era a gritaria. Pois a Rosa entrou no meio daquela gente toda ali na Boa-Hora carregada de sacos tal como os restantes e sentou-se na última fila do autocarro.
Ora no primeiro lugar ia uma vizinha da Rosa, que a certa altura ouviu a Rosa dizer que ia pôr os sacos a casa e ia ao Pão. A vizinha não vai de modos e grita lá para trás: «Oh Rosa, se vais sair, chegas a casa e tiras o peixe do saco porque se não estraga-se. Pegas e metes numa travessa e vais ao pão! Não achas...»
Ficou a saber a Rosa e o autocarro inteiro! Ajuda no seu melhor...
Da parte da tarde voltou a chuva e tudo regressou á normalidade sem nada de mais a assinalar, se não a visita do amigo Pedro Almeida que tal como eu ficou a saber que a senhora que pediu para sair pela frente ali na Meia Laranja completava hoje oitenta e uma primaveras.
Amanhã há mais, e noutros ares... o das Galinheiras (no comment). Boas Viagens!
1 comentário:
Ehehehe! Essa é uma situação muito constrangedora. Já me aconteceu com duas pessoas conhecidas. Ambas se sentaram no primeiro lugar e iniciaram uma descontraída conversa comigo, que estava bem lá ao fundo, com o autocarro à pinha.
Na primeira vez, só respondi SIM e NÃO, para obrigar a senhora a desistir da conversa.
Na segunda vez, e porque tinha bastante confiança com a pessoa em questão, pedi-lhe mesmo que se calasse e que apreciasse a paisagem. Os passageiros riram-se, mas eu estava mais vermelho que um pimento.
Hoje nas Galinheiras, Rafael? Quero ver se me esqueço de lá ir. Um abraço.
Enviar um comentário