terça-feira, 18 de agosto de 2009

Na 742 mas devagar, devagarinho e... parado!

E se ontem tudo correu tão bem que nada houve para contar, já hoje e precisamente com o mesmo serviço, muito há para dizer, provando assim uma vez mais, que como já tenho vindo a dizer, o interessante desta profissão é que tudo é diferente a cada dia que passa. Serviço seguido na 742 e com a vantagem de todas as viagens serem para o Polo Universitário da Ajuda.

A tarde parecia ser calma, dada a pouca afluência de passageiros, o pouco trânsito nas ruas que até permitia ouvir o martelo dos calceteiros bater nas pedras que irão compor os novos passeios de São Sebastião, enquanto se aguardava o verde surgir no semáforo. As obras estão prestes a acabar o que vai ser bom, porque é bastante cansativo passar aquele troço.

Surge o verde e lá estou eu a atravessar a António Augusto de Aguiar, rumo á Ajuda e já com uma passageira a perguntar-me se não passava à porta do estabelecimento prisional de Lisboa. Confirmei-lhe que passaria e disse para sair quando o grupo de pessoas que estava em frente á porta da saída, saísse. Pois também eles iriam para lá, porque já no dia anterior os tinha transportado. Era hora da visita!

E se tudo parecia ser tão calmo, de repente, um acidente na Ponte 25 de Abril, vira completamente o «filme» ao contrário e originando longas filas de espera. Se na ida para a Ajuda ainda escapei ao engarrafamento, já na viagem de regresso e última antes de recolher, havia de me calhar em sorte, ou mesmo azar, ficar preso em Alcântara com os espertos que insistem em desrespeitar os sinais de Obrigação e proibição, ali existentes na entrada da Rua Maria Pia. Embora lá diga que só podem seguir em frente, a maioria inverte a marcha e se a via contrária estava parada, ficaram assim as duas paradas.

Sete minutos passaram e lá me consegui escapar daquele embaraço causado pelos «chicos-espertos». Mas ao contrário do que eu pensava, ainda iria apanhar novamente engarrafamento, porque não era só no sentido descendente. As pessoas, começavam a desesperar e aos poucos iam descendo nas paragens por onde ia passando. O autocarro ia ficando vazio e do lado oposto só via rostos de desespero de quem ainda tinha umas boas centenas de carros à frente.
Chego ao Arco do Carvalhão e mais um bom pedaço de tempo parado. Os acessos à ponte estavam completamente parados e a senhora que estava sentada no primeiro lugar já me informava dos pormenores, porque «nem imagina como estavam os carros lá na ponte. Era só chapa batida...»
Olho para a Consola SAEIP e já vejo um atraso de 25 minutos. Olho sobre o horário da chapa e já devia estar na Praça do Chile quando ainda estava no Arco do Carvalhão. Uns metros à frente consigo a pouco e pouco chegar a Campolide e novamente tudo parado. Ao todo já ali estava á 40 minutos para fazer a Rua Maria Pia entre Alcântara e Campolide, um percurso que habitualmente demora 12 minutos.

E pronto lá apareceu depois alguém que perguntava se parava na paragem da Rua Morais Soares... Mas porque não havia eu de parar se lá está a paragem? As paragens estavam cheias e há hora de entrar na Estação ainda eu estava a chegar à Madre Deus. E assim foi caoticamente o meu dia de trabalho. Amanhã termino a semana pelo que as folgas serão bem-vindas!

Boas Viagens!

2 comentários:

Anónimo disse...

boas rafael, eu tive na 56 e escapei-me mesmo a tempo, ao vir para a p.industrias estava a formar-se fila para a ponte cá mais atrás por baixo das aguas livres ao vir para as olaias na minha última viagem já estava tudo entupido, foi coisa de 15 minutos e teria o dia estragado, tive sorte. fica bem

Jacqueline' disse...

Ando normalmente na 742 e 718. Boas notícias se as obras vão acabar, porque quando passava por lá via a minha vida a andar para trás...

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