Nestes dias, as roupas mais estimadas voltam a sair dos roupeiros. Os lenços voltam ás lapelas dos blazer's no caso dos senhores, e as malas de pele voltam ás mãos das senhoras. É dos poucos dias em que logo pela manhã se vêem idosos pelas ruas, e todos com o mesmo destino. As mesas de voto. Nas juntas de freguesia ou nas escolas, vão-se encontrando pessoas que há muito não se viam. E a sair do autocarro estava mais um casal, esta manhã á porta da Esc. Nuno Gonçalves, onde decorreu o acto eleitoral da freguesia da Penha de França, e que acabavam de encontrar mais dois amigos.
Foi assim na 35, na 30, na 107 e em todas as carreiras que passavam por paragens onde ficava próximo uma mesa de voto. Hoje e depois de ter exercido o meu direito de voto, peguei ao serviço na 745 e diga-se que era um daqueles serviços que calham a todos mas que não interessam a ninguém. No que a votos diz respeito até foi bastante calmo, porque poucos foram os que recorreram ao 745 para se deslocar ao local de voto. Acontece mais nas carreiras de bairro.
O que não faltou, foram turistas e até parece que estamos de novo no Verão. O autocarro partia da paragem do aeroporto sempre cheio. As perguntas sucediam-se a cada paragem e o resultado ao fim do dia, é um cansaço enorme que me leva a ficar por aqui no texto, mas não sem antes referir aquilo que é já um clássico em dia de votos - o cheiro a naftalina das roupas que há muito não viam a luz do dia.
Daqui a quinze dias há mais e desta feita para as autárquicas.
2 comentários:
Na província vota-se com a roupa de trabalho. Não há cá naftalina para ninguém :-)
Parabéns pela imagem do "boletim de voto".
Grande abraço.
tenho a impressão que a grande maioria que se ainda preocupa em ir votar são os mais idosos, a malta mais nova mais rapidamente chegou á conclusão que não vale a pena ir votar os "actores" são sempre os mesmos, como é que isto há-de mudar?
na carris lá continua um militante do psd, deve estar triste :-).
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