Ainda esta sexta-feira vai a meio, e já valeu a pena acordar cedo para fazer uma "dobra" na 35 e avistar na Rua do Arsenal, uma das relíquias da Carris. O 301 anda na rua para formação de dois motoristas de Miraflores, e antes deste foi o 109. Ainda com as cores verdes e branco que os caracterizaram durante alguns anos, as relíquias mostram que continuam preparadas para enfrentar os péssimos pisos de Lisboa e estão ali para as curvas... Só é preciso força de braços.
Quando efectuava a ultima viagem para o Cais do Sodré, lá dei passagem ao nosso amigo 301 com os respectivos motoristas e formadores. É sempre agradável vê-los passar porque no mínimo faz-nos recuar no tempo e confesso que dos de dois pisos, já só me lembro dos laranjas. Actualmente estas viaturas, acima referidas, fazem parte do espólio do museu da Carris e o 301 até já foi estrela na tv, na série «Conta-me como foi», que mostra o Portugal de antigamente.
Publicada a imagem captada esta manhã, enquanto dava passagem ao nosso amigo, resta-me então vasculhar o arquivo e escolher uma foto de outros tempos, quando estes AEC transportavam os lisboetas na sua rotina do dia-a-dia.
No tempo em que os AEC faziam companhia aos eléctricos, nos Restauradores
Foto: Restauradores (1938-1980) Estúdio Mário Novais
Os AEC's de dois pisos da série 300 a descer a Avenida rumo aos Restauradores
Foto: Restauradores (1938-1980) Estúdio Mário Novais
Bem e já que recuei no tempo graças ao 301, resta-me voltar ao presente, almoçar e ir então, para o serviço desta sexta-feira, 11 de Setembro de 2009 - 8 anos após o atentado terrorista às tores gémeas do World Trade Center.
Boas Viagens!
5 comentários:
Tenho pena de não os ter visto circular... o 109 é que já ia para o museu visto que está em miraflores a ganhar pó, se não me engano é um carro reconstruído, ele tinha outro número (60 e qualquer coisa =)).
Rafael, julgo que na última fotografia não se trata de um 300 (pelo menos da numeração perto de 301) devido à disposição das janelas do primeiro piso, lembro-me de ter ido ao museu e entrar nele e reparar que era totalmente ampla e "não faltava janelas entra a cabine do condutor e os passageiros atrás. =) De qualquer maneira posso tar a julgar mal, pois não sou desse tempo, aliás sou do tempo em que desapareceram (1991).
Já agora, essa formação está a ser dada por algum motivo em especial? Apenas para que haja pessoal apto a conduzi-lo para alugueres, como filmagens, por exemplo?
Também gostava de saber a razão de serem para formação...
Hoje à tarde vi-o na Avenida da República e lá ia ele tão bonitinho! Saudades desses tempos...
Grande abraço.
André Bravo Ferreira
A formação prende-se com o facto de haver a necesidade de haver alguém apto para os conduzir quando necessário, tais como filmagens, eventos, comemorações.
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