quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu ainda sou do tempo do... «plink»

No nosso dia-a-dia, há sons e imagens que ficam gravados na nossa memória por muitos e muitos anos e em grande parte dos casos, lembramos-nos sempre do que é mais antigo do que, o que aconteceu no dia anterior. Exemplo disso foi a admiração de uma passageira que depois de ter entrado e me ter pedido uma tarifa de bordo, ficou de boca aberta e incrédula ao receber o bilhete.

"É 1.40€ e aqui tem o bilhete"
, disse-lhe. De imediato o seu olhar desanimado mostrava que não se ia ficar pelo olhar e não perdeu mais tempo até questionar-me se aquele era a tarifa de bordo... «Agora é assim o bilhete? Já não se faz plink naquela máquina?... Era tão engraçado e tinha outro encanto do que este papel que amanhã já nem mostra o que está escrito», dizia enquanto caminhava para procurar um lugar livre que a permitisse descansar até ao Corpo Santo.

Comentários de quem (como eu) ainda é do tempo dos obliteradores Almex que após o seu plink, cortavam a o canto de um bilhete que era de cartolina e que tinha como fundo um símbolo da cidade ou da Carris.

Boas viagens, quer sejam no tempo ou a bordo dos veículos da CCFL.

8 comentários:

Sónia e MI disse...

E ainda te lembras de como se mandava parar um eléctrico em determinada paragem? Antes das campainhas "stop"?
:)))

Rafael Santos disse...

Lembro-me pois! Era através do cordel de couro que havia ao longo da coxia. Ao puxa-lo accionava um pêndulo numa campaínha sobre o Guarda-freio.

Angelo disse...

Bons velhos tempos os do "plink"!

JB disse...

Os electricos do Porto ainda são assim, fazem muito barulho a andar e "gemem" nas grandes velocidades

Ricardo Moreira disse...

...Ou na plataforma de trás, se fosse accionada a partir do atrelado. :)
Nesse caso a campaínha era bem maior que o habitual para que o "plim" ("plim-plim" quando era para o sinal de partida dada pelo condutor que seguia no atrelado) chegasse à plataforma da frente!

CR 35 disse...

Povo ,quando entrava a fiscalização e com o alicate validava o bilhete de cartão!e o Expedidor da Estrela com o apito feito de um corno de cabra mandava circular o eléctrico para que não impedisse a passagem das outras chapas de outras carreiras,ou o Agulheiro no Arco do Cego para abrir ou fechar a agulha conforme o destino da carreira ou os limpa -vias que percorriam toda a linha existente e que hoje são parte da fiscalização como o fiscal com o rabo de cavalo todo pipi! são o evoluir dos tempos com a extinção de vários profissionais que faziam circular algumas das carreiras de Eléctricos que ainda hoje fazem as delícias dos camones e da malta do bairro.Boas viagens.

Alfacinha disse...

Como me lembro bem do tempo em que autocarros e eléctricos tinham, além do motorista e guarda-freios, cobrador e o bilhetinho de papel era validado com alicate.

JC Duarte disse...

Claro que também havia o "CLAC", manual e nada automático. ( http://spotmeter98.blogspot.com/2010/05/o-alicate.html ).
Mas isso já só mesmo os cotas é que recordam.
Boas viagens!

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