«Nós por cá» era um programa da SIC que passava antes do Jornal da Noite, mas não quero de todo plagiar a autoria do programa que era apresentado por Conceição Lino. O certo é que nós por cá, continuamos diariamente a presenciar situações que não ajudam em nada quem anda de transportes. As cargas e descargas são uma dessas situações e a Rua de São Paulo está no topo da lista das interrupções dos eléctricos por causa de quem trabalha a carregar e descarregar mercadoria. É certo que todos têm de trabalhar, mas não consigo entender é o porquê de certos trabalhos serem feitos em plena hora de ponta, pois assim não há um transporte de superfície que consiga cumprir o horário previamente estabelecido.
O eléctrico é claro está, o transporte que mais sofre com este tipo de pára-arranca. Se ontem entre as 16h00 e as 20h30 não consegui fazer uma única viagem sem encontrar um carro com os "quatro piscas" ligados a impedir a passagem do eléctrico na carreira 25, já hoje na 28 a história foi idêntica. E a meio da tarde apanhei uma vez mais a recolha do papelão que com este veículo "minúsculo" vai recolhendo o papelão das lojas da Baixa e do Chiado. Rara é a semana que não o apanho. Não sei se é coincidência ou mesmo azar. O que sei é que os cantoneiros afectos a este serviço, não querem sequer saber se o eléctrico está atrás. Ele que espere!
Na situação da fotografia e já depois de ter arrancado do restaurante situado também nesta rua de sentido único no Chiado, a paragem foi à porta da loja Bairro Arte onde os funcionários da CML, de forma descontraída tiraram cartão a cartão do contentor para os acondicionar numa caixa já lotada da viatura e escusado será dizer que como em todas as outras vezes que os apanhei pela frente, ao arrancarem, as caixas de cima caíram o que originou mais uma paragem para reorganizar a mercadoria.
Atrás do eléctrico estava uma fila de carros que não me permitia sequer ver o seu fim e buzinadelas não faltavam. Já no interior do eléctrico, os turistas aproveitavam para tirar fotos a um serviço que devia ser feito de noite ou pela manhã cedo, à semelhança do que se passa lá fora em Madrid, Basileia ou Praga, cidades onde já presenciei precisamente o contrário do que aqui se faz. Os que vão de eléctrico para o trabalho são os prejudicados, mas também como sempre, só sabem reclamar com quem os transporta e o pior disto tudo é que, quando iniciar a próxima semana de trabalho vou novamente apanhá-los e novamente eles irão de forma descontraída fazer o seu trabalho porque quem vier atrás que se desenrasque.
E a chegada à paragem seguinte será certamente brindada com a frase da praxe... «há 40 minutos que está à espera do carro eléctrico. É todos os dias a mesma coisa....», e esta ein?!
3 comentários:
É caso para dizer....todos os dias assistem ao mesmo ,esperam tantos minutos e ainda perguntam porquê!? já chega de tantos asininos .IRRA!
Bom, em toda a Bélgica a recolha de lixo começa de manhã pela hora de ponta. Nem é necessário dizer o resultado, pois não?
No entanto, a recolha não é feita todos os dias. Mas quando está calor tem os seus efeitos no lixo...
Julgo que fazem a recolha durante o dia, porque se a CML não o faz prontamente os "privados" encarregam-se de levar o papelão...
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