quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Nós por cá... temos disto em plena luz do dia.

«Nós por cá» era um programa da SIC que passava antes do Jornal da Noite, mas não quero de todo plagiar a autoria do programa que era apresentado por Conceição Lino. O certo é que nós por cá, continuamos diariamente a presenciar situações que não ajudam em nada quem anda de transportes. As cargas e descargas são uma dessas situações e a Rua de São Paulo está no topo da lista das interrupções dos eléctricos por causa de quem trabalha a carregar e descarregar mercadoria. É certo que todos têm de trabalhar, mas não consigo entender é o porquê de certos trabalhos serem feitos em plena hora de ponta, pois assim não há um transporte de superfície que consiga cumprir o horário previamente estabelecido.

O eléctrico é claro está, o transporte que mais sofre com este tipo de pára-arranca. Se ontem entre as 16h00 e as 20h30 não consegui fazer uma única viagem sem encontrar um carro com os "quatro piscas" ligados a impedir a passagem do eléctrico na carreira 25, já hoje na 28 a história foi idêntica. E a meio da tarde apanhei uma vez mais a recolha do papelão que com este veículo "minúsculo" vai recolhendo o papelão das lojas da Baixa e do Chiado. Rara é a semana que não o apanho. Não sei se é coincidência ou mesmo azar. O que sei é que os cantoneiros afectos a este serviço, não querem sequer saber se o eléctrico está atrás. Ele que espere!

Na situação da fotografia e já depois de ter arrancado do restaurante situado também nesta rua de sentido único no Chiado, a paragem foi à porta da loja Bairro Arte onde os funcionários da CML, de forma descontraída tiraram cartão a cartão do contentor para os acondicionar numa caixa já lotada da viatura e escusado será dizer que como em todas as outras vezes que os apanhei pela frente, ao arrancarem, as caixas de cima caíram o que originou mais uma paragem para reorganizar a mercadoria.

Atrás do eléctrico estava uma fila de carros que não me permitia sequer ver o seu fim e buzinadelas não faltavam. Já no interior do eléctrico, os turistas aproveitavam para tirar fotos a um serviço que devia ser feito de noite ou pela manhã cedo, à semelhança do que se passa lá fora em Madrid, Basileia ou Praga, cidades onde já presenciei precisamente o contrário do que aqui se faz. Os que vão de eléctrico para o trabalho são os prejudicados, mas também como sempre, só sabem reclamar com quem os transporta e o pior disto tudo é que, quando iniciar a próxima semana de trabalho vou novamente apanhá-los e novamente eles irão de forma descontraída fazer o seu trabalho porque quem vier atrás que se desenrasque. 

E a chegada à paragem seguinte será certamente brindada com a frase da praxe... «há 40 minutos que está à espera do carro eléctrico. É todos os dias a mesma coisa....», e esta ein?!

3 comentários:

CR 35 disse...

É caso para dizer....todos os dias assistem ao mesmo ,esperam tantos minutos e ainda perguntam porquê!? já chega de tantos asininos .IRRA!

Anónimo disse...

Bom, em toda a Bélgica a recolha de lixo começa de manhã pela hora de ponta. Nem é necessário dizer o resultado, pois não?

No entanto, a recolha não é feita todos os dias. Mas quando está calor tem os seus efeitos no lixo...

Sergio disse...

Julgo que fazem a recolha durante o dia, porque se a CML não o faz prontamente os "privados" encarregam-se de levar o papelão...

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