A meio da manhã começou a chover e ali na zona de Telheiras, já fora da paragem uns bons 15 metros um passageiro pede-me do lado de fora que lhe abra a porta. Inicialmente disse-lhe, gestualmente claro está, que ali não poderia abrir a porta - como mandam as normas internas. O semáforo encarnado não ajudou e do lado de fora lá ficou ele a dizer que os outros colegas abriam e que podia também abrir etc...
Como a chuva já se fazia sentir, lá o meu subconsciente me disse para fechar um pouco os olhos ás regras e abrir a porta ao senhor e sua neta. Má opção! O cliente começa a insultar-me verbalmente dizendo que e cito «se fosse um preto ou cigano logo abria e não dizia nada!»
Alertei-o de imediato que o racismo era algo que não fazia parte do meu dicionário e que lhe tinha aberto a porta fora da paragem, pelo que não tinha razão para falar daquela maneira. Já bastante exaltado o senhor levanta o tom de voz e os seus nervos já o faziam espumar pela boca, dizendo que me fazia e acontecia e que com ele não fazia farinha, como se fosse eu a insultá-lo.
Para não perder a razão e para não descer ao nível do dito cujo, calei-me e prossegui viagem e também ele prosseguiu até á Pontinha, gritando e insultando-me. Os restantes passageiros, esses apenas uma vez solicitaram que ele se calasse, mas sem êxito. É caso para dizer: SE não tivesse aberto a porta não tinha aturado a sua má disposição.
Depois a juntar a isto houve ainda uma discussão entre duas passageiras por causa de um lugar reservado a pessoas de mobilidade reduzida o qual uma delas apelidou de «lugar dos aleijados».
Para finalizar o post de hoje, deixo-vos o Pensamento do Dia, que foi uma frase dita por uma passageira durante uma das viagens esta tarde e a qual tive oportunidade de escutar: «O tabaco foi feito para os homens e não para as mulheres!»
Foto cedida por: Pedro Almeida
6 comentários:
também andei a lá ontem, na chapa 2 e 5, mas a mim correu q foi uma maravilha, esse urso devia era ter ficado na rua, é assim que depois por uns pagam todos.
É inacreditável a falta de civismo das pessoas. Gabo-lhe a pachorra.
Às vezes os passageiros ainda têm o bom senso de defender o motorista. Parece que desta vez não foi o caso. Mas enfim, melhores dias virão certamente. Força.
Cumprimentos
Carlos Correia
element@netcabo.pt
Se tivesses uma máquina do tempo dava jeito. Há gente mesmo estúpida, não há outra palavra.
Haja paciência...
Um abraço
Colega faz como eu não te cales mas sim manda o calar-se se não o carro não anda o mal e esse calas-te e eles fazem o que querem a ti e ao resto dos colegas outra coisa não facilites. pois nem todos merecem. abraço Rafweeks@yahoo.com
Qual o mal de abrir a porta a 15 metros da paragem e com o sinal vermelho? Caramba... Ganham muito em fazer-se de "maus"? Ainda bem que a abriu, pena que o passageiro não tenha aproveitado para agradecer!
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