domingo, 25 de março de 2012

A alegria da música italiana a quebrar a acalmia de uma manhã de Domingo na 28E

Se o Domingo anunciava ser complicado para os lados da 28E, devido ao facto da carreira 15E estar impedida de circular da parte da manhã devido à realização da maratona, prevendo-se enchentes a bordo dos tradicionais eléctricos amarelos de Lisboa, o certo é que a calma reinou pelas colinas de Lisboa entre o Martim Moniz e os Prazeres. Prova disso mesmo foi o facto de até com o horário apertado de fim-de-semana se conseguir algum tempo no terminal, para esticar as pernas, esclarecer alguns turistas que perante um cemitério, tentam sempre perguntar onde estão e o que há para ver.

Se muitos ficam surpreendidos por ali terem um cemitério para visitar, outros há que preferem voltar a subir o mais rápido possível o estribo do eléctrico para voltarem ao centro da cidade. E pelo meio há sempre os inevitáveis turistas que ao verem todos levantarem-se para sair, decidem sentar-se como se só eles estivessem certos, relativamente aos movimentos que lhes permitia descansar um pouco as pernas mais cansadas.

Mas hoje era mesmo daqueles dias em que nos Prazeres até os pássaros se faziam ouvir, tornando uma manhã de trabalho muito idêntica a uma qualquer manhã de lazer. Mas a calma parecia ter os minutos contados, porque numa carreira como a 28E, tudo pode acontecer e engana-se quem pensa que pelos carris desta carreira só se ouvem fados. Um senhor de colete azul e alguns pin's a servirem de elementos decorativos, pergunta-me se tenho lugar para 14 pessoas.

Em segundos surgem de trás do eléctrico os 14 elementos que pareciam fazer parte de um grupo musical de terras italianas, onde o elemento mais novo devia rondar os 50 anos. Animados entram e ocupam os lugares disponíveis. Os que se atrasaram no passo ficaram de pé, mas nem isso lhes fez perder a vontade de descobrir Lisboa através do 28E. A viagem começa e quando menos esperava, eis que em coro começam a cantar para surpresa minha e dos restantes turistas que não perderam tempo a ligar as câmaras de vídeo para registar o momento animado da viagem.

A singularidade da música em questão, fez-me também da forma possível e sem interferir na condução, registar o momento e lá fomos em direcção à Estrela com o «Tic et Tac et Pum», acompanhado da alegria e simpatia de todos os passageiros que seguiam viagem. E se a manhã estava a ser calma... A partir daqui deixou de ser.  Ainda tem dúvidas de que na Carreira 28E pode acontecer mesmo de tudo e quando menos espera?

1 comentário:

CR 35 disse...

Mais uma nacionalidade a descoberto! normalmente são os ingleses que se manifestam mais, mas esses só funcionam a beer!

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