terça-feira, 16 de setembro de 2008

Polícia... eu? (Os miúdos - Parte 2)

Nem de propósito... No post anterior abordei o tema dos miúdos e hoje sou obrigado a escrever de novo sobre eles. Vai ser um post curto mas curioso e que marcou o meu início de dia.

A manhã estava fresca e como tal optei por levar a tradicional farda (camisa azul + calça azul e gravata), ao invés do Pólo. Saio de casa e atravesso a Praça Paiva Couceiro em direcção à Praça do Chile. No meio da praça já alguns madrugadores - não era muito cedo, mas eu se tivesse no lugar deles aproveitava era para saborear um pouco mais do meu vale de lençóis - se juntavam para a jogatana de cartas.


Num banco estava uma avó atenta ao seu neto (5 anos +/-) que brincava com um ramo da árvore na mão. O miúdo estava radiante (pois ainda não devia ter começado a creche...), mas quando me viu seguiu-me atentamente e vi logo que trazia água no bico aquele olhar que não deixou de brilhar.


Disfarço que o via a olhar e vejo-o a largar o ramo. Olho para o relógio e via que estava na altura de tomar o peq.almoço para estar a horas na rendição (Areeiro). Quando me preparo para atravessar a rua para abandonar o jardim. Ouço uma voz miúda a chamar por mim no tom meio enrolado...


«Senhoreeeee, óh políciaaaaa não te vás embora! Quero dar-te um aperto de mão.... senhoreeeee» Olhei inevitavelmente para trás. Não é que fosse polícia, mas talvez por estar de azul me tenha confundido.


Apertei-lhe a mão e disse-lhe para se portar bem e para ir para perto da avó ao que me respondeu: «Também senhoreee polícia, eu poto bem...» E lá voltou ele contente da vida por me ter cumprimentado.


Ora digam lá... há melhor maneira para se começar um dia?? :)

Foto: PSP.PT

1 comentário:

duarte disse...

Um abraço pelas histórias. Do motorista dos autocarros da MAdeira

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